segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A dor de Camões

Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de um poema de Camões:

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer”.



Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação:

“Ah Camões!, se vivesses hoje em dia, tomavas uns antipiréticos, uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão. Compravas um computador, consultavas a Internet e descobririas que essas dores que sentias, esses calores que te abrasavam, essas mudanças de humor repentinas, esses desatinos sem nexo, não eram feridas de amor, mas somente falta de sexo!”.


A vestibulanda ganhou nota DEZ pela originalidade e pela estruturação dos versos e das rimas insinuantes. Foi, também, a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou de que o problema de Camões era apenas falta de mulher.




Achei no Blog do Rebolinho

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